Neste mês, o Editorial aborda os desafios da internacionalização do conhecimento nos países do Sul Global. A concentração editorial, a barreira linguística e a validação desigual dos saberes são alguns dos obstáculos destacados pelas Editoras-chefe. O texto ressalta a necessidade de uma internacionalização mais justa e multipolar, que amplie o acesso, a diversidade e a relevância do conhecimento. “Assim, os caminhos da internacionalização devem servir para ampliar o acesso, a diversidade e a relevância do conhecimento, e não para reproduzir assimetrias geopolíticas ou epistemológicas”, concluem as Editoras.
Entre os artigos de destaque, a edição conta também com uma Revisão sobre acesso a leitos hospitalares durante a pandemia de COVID-19, que mapeou 45 estudos que exploraram os arranjos tecnológicos de regulação, como telessaúde, reorganização de serviços e uso de inteligência artificial. O estudo evidencia a importância da flexibilidade, comunicação e resiliência dos sistemas de saúde para garantir acesso ao cuidado em cenários de crise.
O Questões Metodológicas de maio detalha a concepção e organização do estudo CAEB sobre a comercialização de alimentos em escolas privadas. Foram avaliadas 2.241 cantinas e 699 ambulantes em 26 capitais brasileiras, revelando dados inéditos sobre o ambiente alimentar escolar, com potencial para subsidiar políticas públicas de regulação.
O estudo Assistência farmacêutica em acesso expandido, uso compassivo e fornecimento de medicamento pós-estudo na perspectiva de pesquisadores clínicos investigou os programas de acesso expandido, uso compassivo e fornecimento de medicamentos pós-estudo, a partir da perspectiva de pesquisadores clínicos. O estudo destaca a importância da atuação farmacêutica na logística, farmacovigilância e qualidade em saúde.
O artigo Pessoas idosas dependentes e sua saúde mental: estudo multicêntrico brasileiro ouviu 47 idosos com mais de 80 anos e identificou sentimentos de tristeza, solidão, ansiedade e perda de sentido diante das limitações funcionais. Fatores como espiritualidade, religiosidade, apoio familiar e socialização mostraram-se caminhos potentes para o bem-estar. A pesquisa aponta a urgência de políticas públicas que promovam cuidado integral, espaços de convivência e inclusão para uma velhice com dignidade e voz.
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