Mais representatividade, igualdade, diversidade (mas, sem favor!): para que as mulheres alcancem direitos fundamentais, há ainda muito pelo que se lutar em todas as esferas. Num mundo marcado pela pandemia da Covid-19 — que expõe enormes desigualdades no campo da saúde — persistem e aprofundam-se desigualdades como a de gênero. Essa realidade só pode ser transformada com a construção e implementação de agendas de políticas públicas. E é preciso que todxes se mobilizem para vivermos numa sociedade mais saudável: justa, diversa, sustentável. No contexto da pandemia de Covid-19, o direito à vida, à saúde e o acesso ao conhecimento científico se impõem. Ou seja: precisamos destacar as lacunas que existem, produzir e compartilhar conhecimentos com base em evidências, ocupar e possibilitar às mulheres que ocupem espaços de poder.
No Dia Internacional da Mulher (8/3) de 2021, a Organização das Nações Unidas (ONU) elegeu o tema Mulheres na liderança: alcançando um futuro igual no mundo da Covid-19. “Precisamos de uma representação feminina que reflita todas as mulheres e meninas em toda a sua diversidade e habilidades, e em todas as situações culturais, sociais, econômicas e políticas. Esta é a única maneira de obtermos uma mudança social real que incorpore as mulheres na tomada de decisões como iguais e beneficie a todos nós”, afirmou a diretora executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka. A partir dessa visão ampla, neste 8M, o Portal de Periódicos Fiocruz apresenta oito conteúdos diversos de publicações científicas editadas na instituição. Buscamos oferecer um painel que contribua para a construção de uma agenda global pela igualdade de gênero, o pleno direito à saúde e à vida. Confira!
3. Bonafide, type-specific human papillomavirus persistence among HIV-positive pregnant women: predictive value for cytological abnormalities, a longitudinal cohort study (Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, vol. 111, n.2, fev/2016)**
5. Empoderamento feminino na agricultura familiar (Revista Fitos, vol. 14, out/2020)
Mulheres no mundo da Covid-19: confira a pesquisa do Conselho Econômico e Social da ONU
No último ano, com a pandemia da Covid-19, assistimos ao aprofundamento das desigualdades. De um lado, mulheres ganham as manchetes liderando seus países, comprovando que a diversidade na liderança faz diferença. De outro, ainda têm pouquíssimo espaço nos parlamentos, cargos ministeriais e posições mais altas de poder no mundo, como revela o relatório produzido pelo Conselho Econômico e Social da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o tema Mulheres na liderança: alcançando um futuro igual no mundo da Covid-19.
No setor de saúde, elas estão na linha de frente do combate à pandemia, atuando como cientistas, médicas, enfermeiras, cuidadoras, mas recebem 11 por cento menos globalmente do que seus colegas homens. São também afetadas por jornadas de trabalho inflexíveis. Uma análise das equipes de Covid-19 de 87 países revelou que apenas 3,5% delas tinham paridade de gênero. Na prática, isso inclui as áreas acadêmicas, de ciência e tecnologia.
Para conquistar o seu merecido lugar, muitas mulheres se mobilizam em movimentos online e nas ruas, batalhando por igualdade de gênero e raça, justiça social e um mundo mais sustentável em todos os sentidos. Elas convivem, lado a lado, com a situação de outras mulheres que têm sido ainda mais impactadas pela pandemia: perdem emprego e trabalho com o encolhimento da economia formal e informal, assumem a sobrecarga de cuidados não remunerados, e são vítimas de um aumento alarmante da violência doméstica.
Esperamos que você encontre nos artigos e no livro selecionados pelo Portal informações que permitam refletir e colaborar com uma causa tão importante para todxes. Boa leitura!
*Com informações da ONU Mulheres
**Atualizado em 9/3/2021
Palavras-chave:
Este portal é regido pela Política de Acesso Aberto ao Conhecimento, que busca garantir à sociedade o acesso gratuito, público e aberto ao conteúdo integral de toda obra intelectual produzida pela Fiocruz.