Fascículo de março em CSP aborda 40 anos de editoriais, violência nas escolas e incidência de dengue

12/04/2024
Clara Rosa Guimarães, jornalista de CSP

O Editorial deste mês revisita temas e posicionamentos de CSP ao longo de sua história, usando como base os Editoriais publicados na revista nesses 40 anos. As Editoras-chefe destacam a diversidade de objetivos destes manuscritos, desde políticas editoriais até princípios do periódico, como a defesa da democracia. “Em CSP, a democracia é um tema central, e procuramos não nos silenciar em momentos críticos, de ameaças à democracia e ao direito à saúde”, reforçam as Editoras.

Pensando experiências adversas na infância, a seção Perspectivas discute os impactos de ataques em escolas na saúde de estudantes sobreviventes. Os autores do artigo indicam que postura preventiva e de redução de danos, com apoio multiprofissional e ajustes pedagógicos, são as melhores opções para lidar com esta “epidemia” de violência.

Os resultados do estudo Relação entre temperatura do ar e incidência de dengue: estudo de séries temporais em Minas Gerais, Brasil (2010-2019) revelam que temperaturas frias moderadas e extremas têm efeito protetivo contra a doença, já as moderadas quentes elevam seu risco. Salientam também que esta análise contempla algumas das variabilidades entre as microrregiões, sendo necessários outros estudos para melhor compreensão dos fatores de incidência da dengue no estado mineiro.

O artigo Diferenças entre homens e mulheres na prevalência da fragilidade e fatores associados entre adultos mais velhos: evidências do ELSI-Brasil identificou fatores sociodemográficos e de saúde dos participantes do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros. Os achados mostram que baixa atividade física foi o indicador de fragilidade mais frequente para ambos os sexos, ao mesmo tempo, entretanto, os homens tiveram menor prevalência.

O fascículo conta ainda com a Comunicação Breve que discute compra de cigarros entre os gastos mensais de fumantes, levando em conta falta de investimento em bem-estar e altos indicadores de pobreza. A média mensal de comprometimento de renda no país é de 8%, sendo o estado do Acre o líder com 13,6% de taxa. Esses resultados apontam para a necessidade de políticas tributárias visando a redução da proporção de fumantes.

Leia esses e outros artigos no fascículo de março em Cadernos de Saúde Pública.

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