Silêncio na redação – a saúde mental de jornalistas na abordagem da comunicação de riscos / Silencio en la redacción – la salud mental de los periodistas en el abordaje de la comunicación de riesgo / Silence in the newsroom – journalist’s mental health from the risk communication approach

Revista: 
Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde (Reciis)
Identificador: 
10.29397/reciis.v17i1.3400
Data de publicação: 
17/03/2023
Resumo: 

Desde a década de 1990, o psiquiatra sul-africano Anthony Feinstein tem abordado o tema da saúde mental de jornalistas na cobertura de tragédias humanitárias, com foco no Transtorno do Estresse Pós-traumático (TEPT) e em moral injury (lesão moral), definido como uma ferida na alma. Em 2020, primeiro ano da pandemia da covid-19, o artigo “The covid reporters are not okay. Extremely not okay”, da jovem jornalista Olivia Messer, trabalhando on-line, chamou a atenção não apenas para o tema da saúde mental dos repórteres, como também para a invisibilidade do assunto. Este artigo objetiva investigar como a comunicação de riscos pode contribuir para descortinar e enfrentar os riscos à saúde mental de jornalistas no Brasil, especialmente no contexto das redações híbridas e da plataformização do jornalismo, um dos campos que compõem o referencial teórico em seu cruzamento com a comunicação de riscos e a psiquiatra. A metodologia contempla a pesquisa bibliográfica nessas três áreas, a plataformização do jornalismo, a comunicação de riscos e a psiquiatria, a partir da conexão entre elas, e da análise de conteúdo, de base quantitativa, da cobertura do assunto pelos jornais Folha de S.Paulo e O Globo. Os resultados apontam a urgência da retirada do tema da invisibilidade midiática e social e confirmam a potencialidade da comunicação de riscos para o seu enfrentamento.

Desde la década de 1990, el psiquiatra sudafricano Anthony Feinstein ha abordado la cuestión de la salud mental de los periodistas que cubren tragedias humanitarias, centrándose en el Trastorno de Estrés Postraumático (TEPT) y el moral injury (el daño moral), definidos como una herida en el alma. En 2020, el primer año de la pandemia de covid-19, el artículo “The covid reporters are not okay. Extremely not okay”, de la joven periodista Olivia Messer, que trabaja en línea, llamó la atención no sólo sobre la cuestión de la salud mental de los periodistas, sino también sobre la invisibilidad del tema. Este artículo pretende investigar cómo la comunicación de riesgo puede contribuir a descubrir y abordar los riesgos para la salud mental de los periodistas en Brasil, especialmente en el contexto de las redacciones híbridas y la plataformización del periodismo, uno de los campos que conforman el marco teórico en su intersección con la comunicación de riesgo y la psiquiatría. La metodología contempla la investigación bibliográfica en estas tres áreas, plataformización del periodismo, comunicación de riesgo y la psiquiatría, a partir de la conexión entre ellas, y el análisis de contenido, de base cuantitativa, de la cobertura del tema por los periódicos Folha de S.Paulo y O Globo. Los resultados apuntan a la urgencia de sacar el tema de la invisibilidad mediática y social y confirman la potencialidad de la comunicación de riesgos para su confrontación.

Since the 1990s, South African psychiatrist Anthony Feinstein has addressed the issue of the mental health of journalists covering humanitarian tragedies, focusing on Post-traumatic Stress Disorder (PTSD) and moral injury, defined as a wound in the soul. In 2020, the first year of the covid-19 pandemic, the article “The covid reporters are not okay. Extremely not okay”, by young journalist Olivia Messer, working online, drew attention not only to the issue of reporters’ mental health, but also to the invisibility of the issue. This article aims to investigate how risk communication can contribute to uncover and address the risks to the mental health of journalists in Brazil, especially in the context of hybrid newsrooms and the platformization of journalism, one of the fields that make up the theoretical framework in its intersection with risk communication and psychiatry. The methodology includes bibliographic research in these three areas, platformization of journalism, risk communication and psychiatry, from the connection between them, and content analysis, of quantitative basis, of the coverage of the subject by Folha de S.Paulo and O Globo newspapers. The results point to the urgency of removing this issue of media and social invisibility and recognising the potential of risk communication to face it.

Publicado por: 
Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz)
1981-6278 / Revista Eletrônica de Comunicação, Informação & Inovação em Saúde; v. 17 n. 1 (2023): Dossiê Gestão da informação e da comunicação em saúde; 112-133 / Revue de la Communication, de l'Information et de l'Innovation en santé; Vol. 17 No 1 (2023): Dossiê Gestão da informação e da comunicação em saúde; 112-133 / Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde; Vol. 17 Núm. 1 (2023): Dossier Gestión de la información y comunicación en salud; 112-133 / Revista Eletrônica de Comunicação, Informação & Inovação em Saúde; Vol. 17 No. 1 (2023): Dossier Healthcare Information and Communication Management; 112-133