CSP debate COVID longa, padrões de refeição e imagem corporal no fascículo de fevereiro

18/03/2024
Clara Rosa Guimarães

O Editorial de fevereiro em CSP destaca as dificuldades no enfrentamento da COVID longa no Brasil. O texto aborda ainda os grupos mais acometidos pela síndrome, “pessoas do sexo feminino, com menor nível de escolaridade, de minoria sexual ou de gênero, e raça/etnia hispânica ou multirracial”. O autor destaca a falta de critérios que possibilitem um diagnóstico sistematizado e a necessidade de cuidado multidisciplinar, em razão da variedade de sintomas relatados. O Editorial também comenta dois artigos publicados no fascículo de fevereiro que discorrem mais sobre a Síndrome Pós-COVID-19.

Em razão da gravidade da síndrome, o estudo Síndrome pós-COVID-19: sintomas persistentes, impacto funcional, qualidade de vida, retorno laboral e custos indiretos – estudo prospectivo de casos 12 meses após a infecção descreve os sintomas persistentes da doença, sobretudo neurológicos. Entre os sintomas mais frequentes estão fadiga, ansiedade e depressão.

Por sua vez, o artigo Síndrome pós-COVID-19 entre hospitalizados por COVID-19: estudo de coorte após 6 e 12 meses da alta hospitalar estimou uma prevalência da síndrome em cerca de 88% aos seis meses e em mais de 65% aos 12 meses. Os achados ressaltam ainda que a COVID longa teve maior índice entre indivíduos de maior faixa etária, com comorbidades e menor renda.

Os resultados do artigo Quantas refeições e lanches os brasileiros fazem por dia? Resultados do Inquérito Nacional de Alimentação de 2017-2018 apontam que oito padrões caracterizam o consumo diário de refeições no país. Além disso, 80% da população faz três refeições principais e 13% informaram não lanchar. A identificação dos padrões de consumo de refeições é fundamental no direcionamento e adequação das ações de promoção da alimentação saudável.

O artigo Perfil e percurso profissional de egressos dos cursos de mestrado e doutorado da Fundação Oswaldo Cruz (2013-2020) avaliou o perfil dos egressos e o desempenho positivo pós-curso associado à formação e à inserção profissional. O estudo evidencia os fatores que favorecem o desempenho e ressalta a importância da avaliação/acompanhamento de egressos para a agenda educacional e pedagógica da instituição.

O estudo Percepção de imagem corporal, características socioeconômicas e estilo de vida em mulheres participantes do ELSA-Brasil na Bahia, Brasil investiga a percepção da imagem corporal, discernindo entre distorções e precisões, entre as mulheres envolvidas no Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto residentes no estado baiano. Os achados indicam uma tendência para uma percepção mais precisa do próprio corpo, com uma inclinação para subestimar o peso.

Leia o fascículo na íntegra aqui.

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