As assimetrias regionais no Brasil são marcadas por desigualdades históricas presentes nos campos sociais e econômicos, além da ausência de políticas de desenvolvimento capazes de transpor o abismo existente entre as regiões. Este é o início do editorial do segundo fascículo do Cadernos Ibero-Americanos de Direito Sanitário (CIADS), publicado em 26 de junho. Intitulado “Ciência com identidade regional: por uma produção científica diversa e representativa no Brasil”, o texto enfatiza a importância de considerar no campo científico a diversidade regional e outras assimetrias como gênero, raça/cor, deficiência.
Para isso, o Cadernos Ibero-Americanos de Direito Sanitário dedicou o fascículo para veicular, exclusivamente, artigos produzidos por autores oriundos de instituições das Regiões Nordeste e Centro-Oeste, em autoria única ou em rede. Os temas desta edição tratam do direito à saúde das populações quilombolas e com albinismo; da regulamentação da cannabis medicinal; dos desafios da judicialização do processo transexualizador; da inclusão de indígenas com deficiência nas políticas públicas; e dos vieses genômicos que afetam a equidade reprodutiva.
Essa ação concreta representa um passo em direção a uma maior representatividade e vocalização da discussão do direito à saúde nas diferentes regiões brasileiras.