O infográfico publicado na Revista Visa em Debate traz as principais queixas técnicas (QT) relativas às bolsas de sangue e pode ser uma ferramenta de informação e educação simplificada para o profissional da saúde, fortalecendo a implementação da cultura de segurança do paciente e contribuindo para a qualificação do cuidado. Aproxima ainda a informação científica e técnica de forma mais acessível e lúdica, diminuindo a complexidade dos resultados científicos.
A bolsa de sangue consiste em bolsas plásticas estéreis, que armazenam frações do sangue, sendo classificada como risco III pelo Ministério da Saúde (MS). Ela é submetida a diversos ensaios de conformidade, fundamentais para procedimentos de transfusão e tratamento de doenças. O monitoramento pós-comercialização desse insumo é realizado pelo Sistema de Tecnovigilância no Brasil, por meio do Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária (Notivisa), com notificações realizadas obrigatoriamente pelas empresas detentoras de registro e, facultativamente, pelos profissionais de saúde. ESte infográfico educacional se baseia nas principais queixas técnicas notificadas para bolsas de sangue no Notivisa, no período de 2013 a 2016.
As QT consistem na suspeita de alteração/irregularidade de um produto que podem comprometer a segurança do paciente. O processo de monitoramento tornou-se mais estratégico quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disponibilizou em 2006 o sistema web Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária (Notivisa), implementado como sistema oficial da vigilância pós-comercialização.
No período da elaboração do artigo analisado, segundo os autores, foram submetidas 458 notificações de QT e identificados 520 problemas. Essa diferença ocorreu, pois, em algumas notificações, havia mais de um tipo de não conformidade. Os motivos mais notificados foram: agulha torta ou quebrada (15,6%), defeito no lacre (10,2%) e extravasamento da solução anticoagulante e ou preservadora (9,6%), desvios que expõem a população ao risco de EA, uma vez que podem comprometer a funcionalidade do insumo estratégico e ainda, a qualidade do sangue ou fração armazenada ou veiculada.
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