'Saúde é democracia' e Abrascão são tema do novo Entrevista com Autores de CSP

03/03/2023
Clara Rosa Guimarães, jornalista de CSP

O primeiro episódio de 2023 do “Entrevista com Autores”, uma iniciativa de Cadernos de Saúde Pública em parceria com a Ensp, aborda o Editorial Saúde é democracia: diversidade, equidade e justiça social, publicado em fevereiro pelo periódico. O vídeo pode ser visto no canal do YouTube da Ensp. Para ouvir o episódio em forma de podcast acesse aqui.

Para este debate foram convidados os autores Rosana Teresa Onocko-Campos, presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), e Maurício Lima Barreto, pesquisador do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia). A mediação ficou a cargo de Luciana Dias de Lima, Co-Editora-chefe de CSP.

O Editorial trata do 13º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, o “Abrascão”, em especial a temática escolhida pela organização do evento: Saúde É Democracia: Diversidade, Equidade e Justiça Social. As perguntas elaboradas por Luciana Dias de Lima para este novo episódio de Entrevista com Autores aprofundaram aspectos trazidos neste manuscrito de CSP.

Uma das idealizadoras do Abrascão, Rosana Teresa Onocko-Campos reforçou a importância de destacar o lema Saúde é Democracia. “Achei o vídeo do Arouca na 8ª Conferência Nacional de Saúde e fiquei muito impressionada com a lamentável atualidade das questões e problemas que se colocavam naquela Conferência e continuavam: violência, racismo, desigualdade e problemas de acesso. Era muito importante que a gente pudesse retomar a questão da democracia e que a gente pudesse enfatizar esta questão da justiça social e da necessidade de pagar as dívidas que tem com a história e o povo brasileiro”, acrescenta a presidente da Abrasco.

O pesquisador Maurício Lima Barreto apontou para a importância da participação de diversos atores envolvidos na redemocratização no evento e suas posições na área acadêmica. “Hoje você já tem grupos que foram parte deste movimento democrático. No momento que se colocou cotas nas universidades, que permitiu acesso a grupos antes excluídos às faculdades públicas, e esses grupos incluíram representantes da diversidade nacional. O Congresso teve a capacidade de trazer essas pessoas e colocá-las em papel de destaque e mostrar que a sociedade mudou”, conclui o presidente de honra do Abrascão.

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