Membros do Corpo Editorial de Cadernos de Saúde Pública se reuniram, no último dia 4, para debater temas fundamentais do processo editorial do periódico. A reunião destacou-se pela troca de conhecimentos entre editores experientes e novos integrantes e compartilhamento de experiências e melhores práticas. Além de discussões sobre os desafios atuais e perspectivas futuras para a editoria científica. Vinte Editores Associados participaram da reunião, alguns de forma remota.
As coeditoras-chefe de CSP apresentaram as diferentes frentes dos processos da revista. Luciana Correia Alves iniciou a reunião mostrando dados sobre as publicações de CSP de 1985 a 2023. Luciana destacou o expressivo aumento de submissões de artigos em 2020, durante a pandemia de COVID-19, e o importante papel do fast-track no período. Esta primeira parte da reunião abordou temas como o tempo entre aprovação e publicação dos artigos, a média de pareceres recebidos e as métricas de avaliação.
A discussão sobre a dificuldade de se obter pareceres para os artigos foi central na conversa com os editores associados, todos apontando a mesma dificuldade e trocando ideias sobre formas de enfrentar o problema.
A apresentação sobre as diretrizes da Ciência Aberta ficou a cargo de Luciana Dias de Lima, que enfatizou a importância da disseminação ampla do conhecimento, o uso de software aberto, a aceitação de preprints e o compartilhamento de dados, códigos e métodos. Luciana Dias também discutiu as transformações no mercado de publicação científica, destacando os oligopólios editoriais que agora se colocam como empresas globais de análise de dados e informações. A coeditora-chefe reiterou o compromisso de CSP com o acesso aberto como bem público não comercial, destacando que a revista é categorizada como acesso aberto diamante, com todo o seu acervo de 40 anos disponível no site do periódico. Luciana Dias de Lima reforçou os princípios da Ciência Aberta, destacando a diversidade, equidade, inclusão e acessibilidade.
Por fim, Marilia Sá Carvalho ressaltou a importância de diversificar o quadro editorial da revista em termos de regionalidade, gênero e raça/cor, promovendo maior inclusão na ciência. Em sua fala foi destacada também a importância das iniciativas de divulgação científica implementadas por CSP ao longo dos últimos anos. Citando os trabalhos já feitos pela revista no YouTube, no CSPCast, com veículos de comunicação e em redes sociais, foi debatida a necessidade de formas colaborativas de expandir essas frentes, fortalecendo a ponte entre editores, revista, autores e a sociedade.
As reuniões do Corpo Editorial de CSP são essenciais para a manutenção da qualidade do trabalho realizado no periódico e para o aperfeiçoamento de sua publicação científica. Ao mesmo tempo que reforça o comprometimento da revista com as questões emergentes da editoria científica, tendências do mercado e novas demandas da área da Saúde Coletiva.
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