Márcia Lopes e Ingrid D'avilla
Autoras da revista Trabalho, Educação e Saúde debatem como superar o dilema entre teoria e prática na formação em saúde
Carlos Machado Freitas explica os impactos que a tragédia pode causar no âmbito da saúde pública
Hoje completam 20 dias desde a tragédia ambiental que deixou mais de 160 vítimas confirmadas em Brumadinho, no estado de Minas Gerais. A tragédia se deu graças ao rompimento de uma barragem em região administrada pela mineradora Vale. Não é a primeira vez que a empresa responde por um crime ambiental deste porte: em 2015, um acidente semelhante deixou centenas de vítimas no município de Mariana, em trecho controlado pela Vale e outras mineradoras, como a Samarco.
Diante deste cenário, é necessário alertar a população sobre os riscos e as consequências de tragédias dessa magnitude para a saúde pública. No vídeo em destaque, Carlos Machado Freitas, historiador e coordenador do Centro de Estudos para Emergências e Desastres em Saúde (Cepedes/Fiocruz), explica os impactos da tragédia na barragem de Brumadinho no âmbito da saúde. Ele destaca, também, a atuação do Sistema Único de Saúde (SUS) no resgate e atendimento das vítimas no local.
Um desastre para a saúde pública
No Brasil, há uma tendência de crescimento dos desastres de origem natural e tecnológicos e de seus impactos humanos, ambientais e materiais. Segundo Carlos Machado, paralelamente a esse crescimento, observa-se que o tema dos desastres vem ganhando mais espaço nas agendas de governos e da sociedade de modo geral, num esforço de estarmos cada vez mais preparados para reduzir seus riscos e principalmente seus impactos.
O setor saúde tem grande responsabilidade nesse processo, já que tais impactos resultam em efeitos diretos sobre a saúde e o bem-estar das populações. Desse modo, os desafios são muitos e exigem que o município planeje, prepare, teste e mantenha um plano ativo de resposta aos desastres de origem natural ou tecnológica. Para aprimorar o debate, acesse outros conteúdos sobre o tema, na íntegra:
• Artigo dos Cadernos de Saúde Pública: A tragédia da mineração e do desenvolvimento no Brasil: desafios para a saúde coletiva;
• Guia da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz): Guia de Preparação e Respostas do Setor Saúde aos Desastres;
• Entrevista exclusiva de Carlos Machado Freitas para o Campus Virtual Fiocruz.
Este portal é regido pela Política de Acesso Aberto ao Conhecimento, que busca garantir à sociedade o acesso gratuito, público e aberto ao conteúdo integral de toda obra intelectual produzida pela Fiocruz.