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Artigo publicado na HCS-Manguinhos analisa exemplares do Boletim da Legião Brasileira de Assistência, uma das maiores instituições de assistência social do período
Em meados do século 20, o Brasil vivia uma acelerada modernização, e práticas e costumes considerados arcaicos foram perdendo espaço: a figura tradicional da parteira foi preterida socialmente pelos médicos. Um artigo publicado na revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos analisa embates científicos e morais sobre a maternidade e o parto na época.
No artigo A "maternidade moderna" e a medicalização do parto nas páginas do Boletim da Legião Brasileira de Assistência, 1945-1963, Bruno Sanches Mariante da Silva, doutorando da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp/Assis, reflete sobre a atuação da Legião Brasileira de Assistência (LBA), uma das maiores instituições de assistência social do período, na propagação do novo ideário da maternidade moderna, mesmo sob fortes relutâncias.
O historiador se debruçou sobre documentos e referências bibliográficas e analisou os embates sobre a questão da maternidade e do parto, publicados no veículo oficial da instituição. Na pesquisa, foram analisados 77 exemplares do Boletim da LBA, veiculados entre os anos de 1945 e 1963.
Para isso, ele investiga todo o processo de medicalização e cientifização registrado nos exemplares. Como resultado, aponta a paulatina desqualificação do conhecimento tradicional e popular, especialmente representado pelas parteiras e comadres, e a exaltação do discurso médico, um elogio à ciência moderna como sintoma do desenvolvimento e progresso na área da saúde.
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