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Celebrando 110 anos da descoberta da doença pelo pesquisador Carlos Chagas, Editora oferece descontos em livros relacionados ao tema
Em um dos momentos mais importantes de sua história, a ciência brasileira recebia, há 110 anos, a informação oficial da descoberta de uma nova enfermidade: a doença de Chagas. Em 22 de abril de 1909, Oswaldo Cruz anunciava à Academia Nacional de Medicina que um então jovem pesquisador assistente do Instituto que levava seu nome, o médico Carlos Chagas, havia descoberto o protozoário Trypanosoma cruzi no sangue de uma menina, na área rural de Lassance, em Minas Gerais.
Atenta à importância de celebrar esse marco da pesquisa em saúde no Brasil, a Editora Fiocruz favorecerá o acesso a livros relacionados à doença e a Carlos Chagas, além de outros títulos selecionados de seu catálogo. Para comemorar os 110 anos da descoberta, a Editora está oferecendo descontos de 25%, até o dia 10 de maio, nos livros relacionados à doença e ao cientista Carlos Chagas, além de demais títulos selecionados de seu catálogo.
CONHEÇA OS TÍTULOS
Atlas dos Vetores da Doença de Chagas (volumes I, II e III)
Organizadores: Rodolfo U. Carcavallo, Itamar Galíndez Girón, José Jurberg, Herman Lent
Lançamento: 1998/1999
Volume 1 - 392 páginas
Volume 2 - 340 páginas
Volume 3 - 396 páginas
Lançados há duas décadas, quando a descoberta do agravo completava 90 anos, os três volumes do Atlas dos Vetores da Doença de Chagas apresentam, em edições bilíngues (português e inglês), um rico panorama da doença, abordando importantes avanços no conhecimento sobre os triatomíneos, insetos que atuam como vetores na transmissão da doença. Os livros contam com capítulos escritos por especialistas e cientistas de países como Brasil, Argentina, Venezuela, Costa Rica, Uruguai, Cuba, Jamaica e México, além de figuras, tabelas e extensa bibliografia para consulta.
Doença de Chagas: manual de experimentação animal
Organizadoras: Tania C. Araújo-Jorge, Solange Lisboa de Castro
Ano de lançamento: 2000
368 páginas
Também como parte das comemorações dos 90 anos da descoberta da doença, a Editora lançou, em 2000, Doença de Chagas: manual de experimentação animal, organizado por Tania C. Araújo-Jorge e Solange Lisboa de Castro. A obra apresenta, em forma de manual, uma visão global de questões ligadas ao protozoário, que ainda desafia cientistas em todo o mundo sobre a melhor forma de diagnóstico, tratamento e prevenção.
Clássicos em Doenças de Chagas: história e perspectivas no centenário da descoberta
Organizadores: José da Rocha Carvalheiro, Nara Azevedo, Tania C. de Araújo-Jorge, Joseli Lannes-Vieira, Maria de Nazaré Correia Soeiro, Lisabel Klein
Ano de lançamento: 2009
556 páginas
No centenário da descoberta, em 2009, três títulos da Editora marcaram as comemorações. Clássicos em Doença de Chagas: histórias e perspectivas no centenário da descoberta, organizado por profissionais vinculados à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), reuniu especialistas de várias instituições e campos do conhecimento para comentar a importância de artigos associados à descoberta científica da enfermidade, indicando diretrizes, desafios e perspectivas que ainda cercam a moléstia.
Doença de Chagas, Doença do Brasil: ciência, saúde e nação, 1909-1962
Autora: Simone Petraglia Kropf
Ano de lançamento: 2009
600 páginas
A obra reflete ainda sobre os muitos títulos e premiações do cientista e sua importância para a continuidade das pesquisas sobre doenças associadas à pobreza em países tidos como periféricos. "O maior legado de Carlos Chagas é a visão de que a ciência deve atender às demandas da sociedade (no caso, a saúde pública) e que cabe ao Estado brasileiro garanti-la e promovê-la", defende Kropf.
Ainda segundo a pesquisadora, as comemorações em torno dos 110 anos do anúncio da descoberta refletem a excelência acadêmica e o compromisso social que marcam a trajetória da Fiocruz. “Trata-se da oportunidade de refletir sobre a ciência e a saúde brasileiras tanto em seu passado quanto em seu presente e seu futuro. A descoberta da doença de Chagas, marco da ciência de Manguinhos, é o emblema de uma ciência que produz conhecimentos inovadores e, ao mesmo tempo, está compromissada com a saúde da população brasileira”, avalia.
Doença de Chagas no Brasil e no mundo
Classificada como uma das principais doenças negligenciadas (tidas como endêmicas em populações em situação de baixa renda), a doença de Chagas continua sendo uma enfermidade crítica em diversas áreas do Brasil e do mundo, sobretudo pelo problema da subnotificação. Apesar dos muitos avanços no diagnóstico e no tratamento, a doença continua a apresentar altos números. Dados da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS), indicam que, em todos os países das Américas, mais de seis milhões de pessoas vivem com Chagas, sendo que a maioria não sabe que está infectada, o que pode dificultar políticas públicas para o pleno combate à doença e à proliferação do transmissor.
Assim como dengue, bouba, tripanossomíase humana africana (conhecida como doença do sono), leishmaniose, hanseníase, malária, raiva, esquistossomose, entre outras, a enfermidade descoberta por Chagas é identificada também como uma doença tropical e continua a apresentar altos números e ocorrências. Somente no Brasil, estima-se que mais de um milhão de pessoas estejam infectadas, sendo que a notificação compulsória da doença se restringe, na quase totalidade do país, somente à forma aguda (menos grave e primordialmente assintomática). Já a fase crônica, que tem maior letalidade e sintomas mais severos nas formas cardíaca ou digestiva, não é de notificação obrigatória. Leia mais.
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